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Síndrome de Burnout: o trabalhador tem direito a licença médica?

Por Guedes & Guedes em 17/05/2021
Síndrome de Burnout: o trabalhador tem direito a licença médica?

O clima dentro de escritórios podem ser exaustivos para o funcionário com altas demandas de trabalho, principalmente durante a pandemia, que exige maior esforço dos colaboradores para manter a empresa ativa e evitar a falência.

Por conta dos níveis altos de estresse e desgaste emocional, podemos desenvolver problemas psicológicos, como a ansiedade, depressão e a Síndrome de Burnout.

 

O que é a Síndrome de Burnout?

A síndrome de burnout é um distúrbio psíquico, um estado de exaustão extrema, originado por acúmulo de emoções negativas, estresse e pressão psicológica. Dependendo da intensidade, ela pode levar o paciente a crises de ansiedade, nervosismo extremo e depressão profunda.

Os sintomas mais conhecidos da síndrome de burnout são:

  • Cansaço físico e mental constante;
  • Perda de apetite;
  • Dificuldade de concentração e memorização;
  • Agressividade e fácil irritabilidade;
  • Desânimo, apatia e insônia;
  • Baixa autoestima, insegurança, entre outros sentimentos.

Por comprometer a produtividade e o desempenho do trabalho, a síndrome de burnout é considerada uma doença ocupacional.

 

Licença Médica para a Síndrome de Burnout

A saúde mental é tão importante quanto a saúde física. Caso o funcionário apresente os sintomas da síndrome de burnout, deve buscar um atendimento médico especializado para criar um diagnóstico.

Caso o médico ateste a doença, o trabalhador tem direito a licença médica remunerada por um período mínimo de 15 dias. Se for necessário prolongar o prazo, o trabalhador pode recorrer ao auxílio-doença, benefício pago pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Em casos extremos, onde o trabalhador está incapacitado de exercer sua função, ele terá direito à aposentadoria por invalidez.

 

Empregador, fique atento!

É papel do empregador exercer a empatia, analisar a rotina de sua equipe, identificar situações que causem desgastes físicos e emocionais, fornecendo condições ideais para que o colaborador possa exercer sua função sem comprometer sua integridade, saúde e segurança.

Com a introdução do trabalho remoto na pandemia,  este controle se tornou um grande desafio, impactando também no volume de processos trabalhistas durante a quarentena. Contudo, ainda que estejam afastados do escritório, a saúde da equipe não deixa de ser uma responsabilidade da empresa. Fique atento para que cargas horárias e a demandas sejam respeitadas, assim como os demais compromissos trabalhistas, prezando pelo bem estar de todos.

 

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